quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Teatro do Absurdo

Forma de dramaturgia que rompe com o teatro tradicional pois desafia as leis da lógica e se serve da desconstrução textual para demonstrar o absurdo do comportamento humano, deflagrando a relação das pessoas e seus atos concomitantes.
O Surrealismo foi fundamental para o nascimento do Teatro do Absurdo que buscava, na segunda metade do século XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia (leia-se também a II Guerra Mundial), apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise. A principal fonte de inspiração dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teóricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da sociedade.
O Teatro do Absurdo propõe revelar as mazelas humanas e tudo que é considerado normal pela sociedade hipócrita. Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicótico, um sofredor, um ser que chega às últimas conseqüências, culminando sempre na revolução, no atrito, na crise e na desgraça total. O Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida àquilo que julga ser o mais fácil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida medíocre.
Para Ionesco, o termo “Teatro do Absurdo” é uma definição imprópria: “Meu teatro trata da condição humana. É um teatro realista".

Nenhum comentário:

Postar um comentário